sábado, 29 de janeiro de 2011
JOANÓPOLIS SP
Bico da mamadeira
Quando aumenta a criançada
o garrão do tar moleia
já dá de deitar mais cedo
regoverno da sete e meia
pensando na filharada
e a muié ficado feia
é nesses pontos que o caboclo roleia
O ano sendo casado
com os fio dele crescido
mas não vive assim memo
isso é o tema divertido
o que faz na festa
a mulher põe outro sentido
quando vai chegando a hora
apronta o seu vestido
Tá proibido a criançada vai dançar com o marido
se você vai eu vou também
nem que rompe o pé no ouvido
se o marido é violeiro é um caso complicado
ele fica lá na festa dedilhado
a moçada ainda reclama que é
uma pena de ser casado
Ele canta um versinho
desses bem apimentado
que até as veias dão suspiro
de lembrar o seu passado
e o corpinho das meninas
não aparenta requebrado
Ele canta um versinho
de mexer com as moças sorteiras
a muié torce o nariz
e na canela dá coceira
vem pro lado do marido
que nem Vespa caçadeira
Convida pra ir embora
tem que ir nem que não queira
põe as crianças no cangote
cheio de pão frigideira
ainda por mar dos pecados
põe o bico da mamadeira
Prosa de Norberto Nogueira (Charutinho)
Ele conheceu o Mato Grosso e do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Argentina, Paraguai...
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