sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Desfavelamento de Marília e distritos

Nas fotos o secretário de habitação de Marília, Sr. Isaias Marroni explicando sobre o processo de favelização na cidade. As áreas hachuradas em marrom são as favelas, na grande maioria nas periferias. As verdes são os Itambés.



Hoje encontrei-me com o secretário de assistência social de Marília, Clóvis de Mello e o secretário de habitação, arquiteto Isaias Marroni.
Perguntei ao Sr. Clóvis sobre o trabalho realizado pela Casa do Pequeno Cidadão, órgão municipal que cuida de crianças das periferias, por meio do estudo, lazer e atividades diversas e a relação da instituição com as favelas da cidade. O secretário disse q 30% do atendimento (360 crianças) são das comunidades (favelas) e as demais das periferias em geral.
Em conversa com o secretário de habitação, Sr. Isaias, disse que existem vinte favelas na cidade, além de mais cinco nos distritos e que há um levantamento sobre os moradores, sendo 1.200 famílias com cerca de 5.000 pessoas.
Estive recentemente em conversa com os moradores de algumas comunidades e disseram q antigo ex-prefeito (adivinha? Acertou!) foi quem autorizou construir os "ranchinhos" em locais públicos e de risco.

"O caminho do insensato aos seus próprios olhos parece reto, mas o sábio dá ouvidos aos conselhos." Provérbios 12:15.

Segundo o arquiteto Isaias Marroni, a dificuldade em se construir casa adequada e em local seguro a essas famílias está no fato delas não terem condições de apresentar documentação que comprove trabalho fixo, já que a Caixa Econômica Federal não liberaria financiamento nestas condições. Uma das soluções, segundo ele, seria ajudar as comunidades criarem associações voltadas ao trabalho para geração de renda. O governo federal criou o projeto "minha casa, minha vida", mas q está em dificuldade de sair do papel pelo motivo da comprovação de renda.
Segundo o arquiteto Isaias, o processo de favelamento é o reflexo do crescimento exagerado das cidades, com origem desde 1950, quando houve aumento da taxa da urbanização em relação ao crescimento rural devido ao processo da industrialização, q ocorreu a partir de 1930. Na década de 1964, com a revolução, o governo tentou minimizar criando uma entidade específica pra tratar do caso, mas não surtiu tanto efeito. Eu, como professor de Geografia e Sociologia cheguei a ensinar aos alunos sobre este processo desordenado de crescimento das cidades brasileiras, cujo tema está no plano curricular de geografia do ensino médio para o 1º bimestre de 2010.
Em Marília o processo de favelização teve impulso na década de 1980.


Quando morei com o meu pai em Poços de Caldas MG, ensinou-me o que é residir em periferia, inclusive quando estávamos construindo a casinha existiam tb 4 casas em reforma, hoje o local é um bairro formado e civilizado. Nem lhes conto as "mágicas" q ali aconteceram para poder civilizar com benção. Amém!

Área vermelha: os pioneiros (+- 1989/90). Área verde: bairro hoje. Área azul: aeroporto já existia.

Em Poços de Caldas MG, Bairro Jardim do Contorno, saída para Andradas MG. Neste país deveria existir uma homenagem aos pioneiros de todos os setores da sociedade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário